Doenças sexualmente Transmissíveis.
O que são?
Doenças Sexualmente Transmissíveis ou DST são doenças que você pode pegar através de relações sexuais (vaginal, anal ou oral) com pessoas contaminadas.
Quais as complicações
Quando uma DST não é tratada pode causar uma série de complicações:
Esterilidade (infertilidade) no homem e na mulher;
Gravidez ectópica (gravidez nas tropas);
Maior chance de aparecimento de alguns tipos de câncer no útero, pênis e ânus;
Nascimento de criança prematura, com lesões orgânicas ou morte fetal.
As doenças venéreas e qualquer outro tipo de doença adquirida pelo contato sexual são considerados doenças sexualmente transmissíveis (DST). Este conceito foi ampliado, com a inclusão de alguns problemas de pele e enteropatias, porque se constatou que o contato sexual tem grande influência na transmissão dessas doenças.
Por algum tempo, as DST deixaram de ser alvo de preocupação, pois, com o surgimento dos antibióticos (principalmente a penicilina) o tratamento da maioria delas ficou bem mais fácil. Porém, nos últimos anos, a incidência dessas doenças voltou a crescer e elas tornaram-se novamente motivo de preocupação. O aparecimento da aids chamou a atenção da sociedade para isso, e hoje, as DST são consideradas pela Organização Mundial de Saúde um problema de saúde pública que atinge o mundo inteiro.
Sífilis
A sífilis ---- também conhecida como lues ou cancro duro ---- é transmitida durante o ato sexual com um parceiro infectado. Ela é causada por um treponema (um tipo de micróbio) que passa através de alguma lesão da pele ou da mucosa (mesmo que essa lesão seja imperceptível aos nossos olhos). Em três semanas, surge uma ferida de bordos elevados, conhecida como cancro duro. Ela é contagiosa e desaparece em três semanas. Porem se não for tratada, pode causar o alastramento da doença, fazendo, fazendo surgir, após 6 semanas, outras lesões na pele e na mucosa. Todas essa feridas desaparecem sozinhas, mas causam um agravamento da doença, levando a um quadro preocupante de sífilis tardia. Se não for tratada, a doença pode afetar o sistema nervoso central, os ossos e o coração.
Quando a sífilis atinge uma mulher grávida, pode causar sérias lesões ao feto, como problemas de pele, icterícia, doenças no cérebro, no baço, no fígado, nos ossos e nos dentes. Pode também levar ao aborto, morte do feto na útero ou ainda retardar o crescimento do feto.
O diagnóstico da sífilis é feito sempre através de consulta médica e de exames de sangue. A doença é combatida com determinados antibióticos, tratando-se também o parceiro. É muito importante procurar um médico, ao notar qualquer sintoma, pois a sífilis pode estar associada a outras DST.
Gonorréia ou Blenorragia
A gonorréia é causada pelo gonococo, uma bactéria extremamente resistente. Mais de 90% das mulher desenvolvem a doença depois de contato com um parceiro infectado. Em geral, os sintomas começam a surgir após 2 a 6 dias e o quadro típico é febre, lesões na pele, inflamação na uretra e artrite. Em cerca de 15% das pacientes a doença evolui, a ponto de comprometer as trompas, formando abscessos (grande quantidade de pus) na região pélvica. Em geral, a gonorréia provoca esterilidade em 15% das pessoas, após ter contraído a doença pela primeira vez, em 36% após a segunda vez e em 75% após a terceira vez.
O diagnostica é feito pro um médico, através da analises de exames laboratoriais, onde se identifica o gonococo. A gonorréia pode estar associada a outras DST, que precisam ser diagnosticadas e tratadas. O tratamento é feito com antibióticos, indicados para cada caso; e o parceiro também deve ser medicado.
Condilona acuminado
(Cristal de galo, Couve Flor)O condilona acuminado é causado pelo vírus papiloma, que se manifesta através do surgimento de verrugas, aglutinadas ou não, na região genital, tanto do homem como da mulher. É uma doença altamente contagiosa, que infecta 65% dos parceiros após o contato sexual. A lesão pode demorar até 8 meses para se desenvolver e, em 50% dos casos, esta associada a outras DST. A relação da doença com o aparecimento do câncer no colo do útero, na vulva e no pênis está ficando cada vez mais evidente. É possível que o feto seja contaminado na hora do nascimento, podendo também desenvolver condilona na garganta.
O tratamento é feito com substâncias causticas ou através de uma cirurgia, fazendo a cauterização elétrica ou a laser da região. Ambos os parceiros devem ser examinados minuciosamente, inclusive para que se possa tratar outras DST, que estejam associadas. O acompanhamento médico é muito importante.
Herpes genital
O herpes é uma das doenças que apresentam maior incidência, por causa da alta contagiosidade do vírus causador. Cerca de 85% das mulheres desenvolvem a doença após um único contato com a lesão. A doença manifesta-se em uma semana, proporcionando o aparecimento de lesões vesiculares avermelhadas que caçam e ardem.
O tratamento é feito com remédios antivirais, porém eles não impedem que a doença surja novamente. A mulher grávida pode transmitir a doença para o feto, que nasce com lesões nos olhos, boca, pulmões, intestinos e órgãos sexuais. Muitas vezes, ela também pode causar morte do feto ou provocar um nascimento prematuro.
Candidíase Vaginal
É um corrimento branco (tipo leite coalhado), sem mau cheiro, provoca coceira intensa e ardência ao urinar.
Tricomoníase Vaginal
É um corrimento amarelado, com mau cheiro, também provoca coceira, ardência ao urinar e dor durante o ato sexual.
Cancro Misto de Rollet: Sífilis
e Cancro Mole
Úlcera em pênis: ocorre em 2 a 5% dos casos. As lesões tendem a apresentar
características de ambas doenças. É importante citar que as patologias foram
adquiridas em épocas diferentes, pois os períodos de incubação são
distintos: Sífilis, 21 a 30 dias; e Cancro Mole, 2 a 5 dias.
Cancro Mole com adenopatia
inguinal supurada
Úlcera em pênis e adenopatia supurada em orifício único: em cerca de 50% dos
casos, pode ocorrer adenopatia satélite, unilateral, dolorosa, inflamatória
que, quando fistuliza, rompe-se em orifício único.
Cancro Mole
Úlceras em pênis: lesões múltiplas ulceradas. Com freqüência, dor local
acompanha o quadro clínico.
Cancro Mole
Úlcera em vulva: admite-se que ocorra um caso de Cancro Mole em mulher para
vinte casos em homens.
Infecção por HPV -
Condiloma Acuminado
Lesões vegetantes em borda anal: condiloma acuminado em borda anal.
Candidíase
Secreção branca e grumosa em vagina: exame ao espéculo, evidenciando secreção
branca, em grumos aderentes às paredes da vagina e fundo de saco.
Candidíase. Balanopostite
Eritema e placas grumosas brancas em glande e prepúcio. Balanopostite fúngica
em parceiro de uma paciente com Candidíase vulvovaginal. Fatores ligados à
higiene pessoal influenciam casos como este.
Conjuntivite gonocócica
Secreção conjuntival purulenta: tanto a clamídia quanto o gonococo podem
causar oftalmias; em adultos geralmente por auto-inoculação e em recém-nascidos
por contaminação na passagem pelo canal do parto infectado. A aplicação do
colírio de nitrato de prata (técnica de Credè) é obrigatória em todas as
maternidades.
Donovanose ou Granuloma
Inguinal
Lesões ulceradas em vulva e períneo: lesões ulceradas de evolução longa.
Para o diagnóstico de Donovanose, deve-se pesquisar os corpúsculos de Donovan
por meio de citologia de esfregaço das lesões ou biópsias. Colher material de
bordas e centro das lesões evitando áreas necrosadas.
Donovanose ou Granuloma
Inguinal
Lesão ulcerada em vulva, períneo e região peri-anal: esta paciente chegou na
maternidade em trabalho de parto expulsivo, apresentando extensa lesão causada
por Donovanose de longa evolução. Havia feito cinco consultas de pré-natal,
sem receber orientação ou tratamento.
Donovanose ou Granuloma
Inguinal
Úlcera em pênis: lesões de Donovanose ativa em pênis
Donovanose ou Granuloma
Inguinal
Extensa úlcera em pênis: extensa lesão de Donovanose em pênis com importante
área de destruição de tecidos.
Gonorréia Aguda:
Cervicite e Vulvovaginite
Secreção purulenta em vulva: quadros como este de secreção purulenta
abundante, devida exclusivamente à infecção gonocócica, são raros.
Gonorréia aguda
Endocervicite purulenta: observar a intensa secreção purulenta que sai do
canal endocervical. Quando não detectada a tempo, a infecção sobe atingindo a
cavidade pélvica, provocando a Doença Inflamatória Pélvica (DIP).
Gonorréia complicada.
Bartholinite aguda
Abscesso em vulva: abcesso em grande lábio direito de vulva causada por obstrução
das glândulas de Bartholin devido à infecção por gonococos
Gonorréia complicada.
Epididimite
Edema em testículo: bolsa escrotal com volume aumentado. A possibilidade de
infecção conjunta por clamídia deve ser sempre lembrada.
Gonorréia e infecção
por clamídia
Endocervicite purulenta: ectrópio visto à colposcopia. Notar muco cervical
turvo junto, com grande eversão (mucosa endocervical que se exterioriza para a
ectocérvix)
Gonorréia e síndrome
uretral aguda
Secreção uretral feminina: além da secreção amarelada que aflora do meato
uretral a paciente apresenta ainda vaginite. Nestes casos, pensar sempre em
gonococo e/ou clamídia e/ou micoplasma.
Gonorréia extragenital
Artrite em joelho: líquido amarelado sendo extraído de joelho acometido por
artrite gonocócica. Admite-se que seja a Neisseria gonorrhoeae o agente
etiológico mais freqüente em casos de artrite infecciosa em adultos jovens
sexualmente ativos.
Gonorréia extragenital
Artrite em dedo médio: artrite gonocócica em dedo médio.
Herpes Genital
Lesões vesiculosas em pênis: observar as típicas vesículas de Herpes
Genital.
Herpes Genital
Lesões exulceradas em pênis: bordas hiperemiadas. Em vários casos, os
pacientes chegam no ambulatório com lesões exulceradas e com história de já
ter em apresentado o mesmo quadro anteriormente.
Herpes Genital
Lesões vesiculosas em períneo: observar as típicas vesículas de Herpes
Genital.
Herpes Genital
Lesões exulceradas em pequenos lábios: lesões exulceradas em face interna de
pequenos lábios de vulva. Em vários casos, os pacientes chegam no ambulatório
com lesões exulceradas e história de repetição.
Herpes Genital
Extensa vulvite herpética: a primo-infecção do Herpes Genital é, geralmente,
mais intensa que as recorrências. Nesse caso, as lesões praticamente tomaram
toda a região genital, provocando intensa dor e retenção urinária, com
impedimento até para a deambulação.
Infecção por HPV -
Condiloma Acuminado
Lesões vegetantes em vulva: é fundamental examinar toda a área genital, anal
e oral, para a identificação de todas as lesões. Lembrar sempre da associação
entre infecção pelo HPV e câncer de colo uterino.
Infecção por HPV -
Condiloma Acuminado
Condilomatose em vulva: condiloma gigante em vulva, o qual apesar de muito
grande, estava pediculado no períneo.
Cancro Mole
Úlcera em prepúcio e úlcera em face interna de coxa: observar que as lesões
do Cancro Mole, também conhecido como cavalo, são auto-inoculantes. O pênis,
encostado na coxa inoculou a doença nessa região.
Linfogranuloma Venéreo -
Síndrome genito-retal: Fase crônica
Edema e fístulas em vulva: estiomene ou elefantíase genital associada a fístulas
e ulcerações. Pode ocorrer estenose de reto em decorrência do comprometimento
das cadeias ganglionares para-retais.
Linfogranuloma Venéreo -
Fase aguda
Adenomegalia inguinal: o LGV, geralmente, causa a maior das massas inguinais,
quase sempre única, dolorosa, na qual jamais deve ser feita drenagem cirúrgica
e sim a punção para aspiração do material purulento, com agulha de grosso
calibre, o que alivia a dor. Quando ocorre fistulização, esta se dá em múltiplos
orifícios: sinal do "bico de regador".
Infecção por HPV (papilomavírus
humano): Condiloma Acuminado
Lesões vegetantes verrucosas em pênis: observar que as lesões são verrucosas,
multifocais, com aparência de crista de galo ou couve-flor.
Linfogranuloma Venéreo (LGV)
ou Doença de Nicolas-Favres ou "mula"
Úlcera em pênis e Adenopatia inguinal: observar o fato raríssimo de ocorrer o
bubão inguinal, juntamente com o cancro de inoculação. As áreas brancas não
são DST, mas apenas vitiligo. A lesão inicial está localizada em sulco bálano-prepucial.
Sífilis Congênita
Precoce
Recém-nascido com sífilis: recém-nascido com hepatoesplenomegalia, lesões
cutâneo-mucosas, coriza serosangüinolenta, icterícia.
Sífilis Recente (fase
final do secundarismo)
Alopécia sifilítica: alopécia em clareira que desaparece após o tratamento
da Sífilis. Notar também rarefação do terço distal de sobrancelha (sinal de
Fournier)
Sífilis Recente (primária) - Cancro duro
Sífilis Recente (secundária)
- Fase exantemática
Manchas em pele de tronco (Roséolas): em indivíduos de pele branca, as roséolas
tendem a ser bem mais avermelhadas.
Sífilis Recente (secundária)
Roséolas em boca e face: geralmente, as lesões exantemáticas da pele, apesar
de serem habitadas pelo Treponema pallidun, não são usualmente infectantes.
Contudo, nas semi-mucosas ou mucosas (como nos lábios), o potencial de
infectividade é mais alto.
Sífilis Recente (secundária)
Lesões papulosas em pênis (Sifílides papulosas): essas lesões são também
denominadas de condiloma plano (não confundir com o condiloma acuminado). São
extremamente infectantes. São lesões úmidas e apresentam odor ativo.
Sífilis Recente (secundária)
Lesão papulosa em lábio superior: pode parecer lesão de Cancro Duro. Contudo
nesses casos, geralmente o paciente apresenta roséolas em pele de tronco.
Sífilis Tardia (terciária)
Goma sifilítica: lesões nodulares que sofrem processo de degeneração.
Significam reação de hipersensibilidade ao Treponema, não sendo infectantes,
portanto. Atravessam cinco fases: infiltração, amolecimento, supuração,
ulceração e cicatrização.
Sífilis Recente (secundária)
– Fase exantemática
Roséolas palmares e plantares: lesões exantemáticas em pele do corpo,
acompanhadas dessas lesões em palmas de mãos e/ou plantas dos pés, são
patognomônicas de sífilis (secundarismo).
Tricomoníase
Secreção branco acinzentada em vulva. Secreção branco-acinzentada
exteriorizando-se na vulva
Tricomoníase
Secreção branca, bolhosa; hiperemia da mucosa vaginal. Colposcopia
evidenciando secreção com grande quantidade de bolhas e epitélio vaginal
hiperemiado
Uretrite gonocócica aguda
e Balanopostite
Secreção uretral: edema de prepúcio. Destacar o pronunciado edema no prepúcio
e intensa secreção acumulada entre a glande e o prepúcio.
Uretrite gonocócica e Sífilis
(Cancro Duro)
Secreção uretral e úlcera em prepúcio: observar a secreção purulenta
acompanhada do Cancro Duro no prepúcio.
Uretrite gonocócica aguda
Secreção uretral: secreção uretral amarelo-esverdeada acompanhada com freqüência
de ardência e dor à micção.
Uretrite não gonocócica
(UNG)
Secreção uretral: as uretrites não gonocócicas, assim como as cervicites não
gonocócicas, são menos sintomáticas que as gonocócicas. Na maioria das vezes
são causadas pela clamídia. Não é raro o achado de infecção mista (gonorréia
e clamídia) em casos como este.
Vaginose Bacteriana
Volumosa secreção homogênea em intróito vaginal e vulva Notar secreção
homogênea em vulva sem hiperemia.