Etapas do Parto 2


atualizado em 13/07/2005

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MUDANÇAS
SEU CORPO SE PREPARA
Começa a lenta construção do milagre de gerar uma criança. Conheça cada um desses passos.

Quando óvulo e espermatozóide se encontram, dando origem à mais fantástica história de todos os tempos, formam uma célula-ovo, que vai. passar por sucessivas transformações até o nascimento do bebê. Enquanto isso, seu corpo também se altera para acomodar o novo ser que cresce ali dentro. Acompanhe, mês a mês, as etapas dessa evolução.

1º mês: Seu corpo acusa ligeiras modificações, fazendo você desconfiar de que está grávida: os seios aumentam de volume, a cintura começa a engrossar. Por enquanto, nem sinal de barriga. Mas, quando falta a menstruação, confirmando suas suspeitas, o embrião já tem duas semanas de vida. Ainda na trompa, o ovo sofreu inúmeras divisões, formando uma bolsa de células, que foi se fixar nas paredes do útero. Duas semanas após a fecundação, começa a se formar a placenta, através da qual o bebê será alimentado. Na semana seguinte, aparecem pequenos "brotos" que darão origem aos membros. Na quarta semana, já se distingue a cabeça do embrião e está formado o cordão umbilical. Ao fim do primeiro mês, embora nem chegue a pesar um grama, ele já tem coração.
2º mês: Os seios continuam a crescer , preparando-se para produzir leite. Tornam-se pesados, quentes e dolorosos, cheios de veias azuladas. A região em tomo do mamilo (aréola) começa a escurecer e podem surgir ali pequenos nódulos. Embora ainda não se note barriga. o embrião está se desenvolvendo bastante. Olhos, nariz e boca aparecem com nitidez, da mesma forma que braços e mãos. Essa fase é muito importante para o bebê. pois estão em formação os sistemas circulatório, digestivo e respiratório. O cérebro cresce tão intensamente que a cabeça fica desproporcional ao tronco. No fim desse mês, ele mede 3 cm e pesa 1g.
3º mês: Finalmente a barriga começa a apontar. Não apenas seu útero aumenta de volume para acompanhar o crescimento do embrião mas outros órgãos, como o coração e os rins, trabalham em dobro para atender às necessidades do feto. Sua respiração fica mais acelerada, a digestão mais lenta (causando, às vezes. prisão de ventre) e provocando uma vontade frequente de urinar. Os enjôos são uma resposta do organismo à verdadeira revolução hormonal que acontece lá dentro. Em virtude desses hormônios. pode haver mudanças na pele e suas gengivas podem amolecer, razão para redobrar os cuidados com os dentes. Nessa etapa, o esqueleto do embrião se torna mais consistente e se completa a formação de seus órgãos. O bebê já se move lentamente no útero, mas a mãe nem sempre percebe seus movimentos. Ao final desse mês, ele mede 7,5cm e pesa 15g.
4º mês: Dizem que essa é a época de ouro na gravidez: livre dos enjôos, com uma barriga discreta e longe do risco de aborto. Você pode notar que está ganhando peso nas nádegas e que sua transpiração está mais abundante do que o normal (pela quantidade extra de sangue circulando em seu corpo). É nessa fase que você sente as primeiras "pontadas" e percebe, de fato, a existência do bebê. A essa altura, ele já tem os órgãos genitais externos formados e movimenta-se continuamente no líquido amniótico. Ao fim desse mês, mede 16cm e pesa 100g.
5º mês: Seu útero em dilatação empurra os pulmões para cima e a barriga para a frente, mas o peso não incomoda muito, por enquanto. Nessa fase, até as mães de primeira viagem conseguem perceber os movimentos dos pés e dos braços do bebê, como pequenos golpes abaixo da costela. Ossos e unhas do embrião começam a endurecer, surgem os primeiros fios de cabelo e a pele adquire uma coloração rosada (até então era fina e transparente). No fim desse período, ele mede 24cm e pesa 300g.
6º mês: À medida que o abdômen cresce, o peso aumenta, e você começa a se sentir mais cansada. As pernas às vezes incham" no fim do dia e câimbras podem atrapalhar seu sono. A coluna tende a se curvar para a frente, acompanhando a barriga, por isso as costas ficam doloridas. Também é nessa fase que surgem cloasmas (manchas de gravidez), por causa da deposição na pele de um pigmento escuro, a melanina. Por outro. lado, sua vagina está mais elástica e úmida, o que a deixa mais sensível. O feto, que agora tem aspecto de um bebê, já possui cílios e sobrancelhas e, de vez em quando, ensaia movimentos respiratórios. Ao final, mede 30cm e pesa 700g.
7º mês: Ao entrar no último trimestre da gravidez, sua barriga já tem um ta manho considerável. Como o peso é bem maior, aumenta o risco de varizes e edemas (inchaços) nos pés, mãos e rosto. Isso acontece porque há uma grande quantidade de sangue circulando pelas veias e seu retomo ao coração nem sempre é fácil. A essa altura, o bebê engordou bastante: uma espessa camada gordurosa se formou sob sua pele, servindo como reserva nutritiva e protegendo-o. No fim dessa etapa, ele pode medir até 35cm e pesar 1,5kg.
8º mês: A barriga incomoda muito, especialmente na hora de dormir. Seu organismo trabalha feito louco: você gasta 20% a mais de energia para respirar e realizar todas as outras funções normais. Quanto ao feto, cada vez tem menos espaço para se mexer, por isso empurra tudo o que está pela frente, causando uma dorzinha aguda na costela. Podem surgir dores também na coluna, osso pubiano e quadris, decorrentes do excesso de peso. Seu filho está quase pronto para nascer: agora sua pele não tem mais rugas, ele mede quase 40cm e pesa 1,7kg.
9º mês: lniciam-se os preparativos para o parto: seu útero começa a empurrar a cabecinha do bebê para baixo e ele vai penetrando na bacia. Com isso, a barriga desce um pouco, deixando livre o diafragma; portanto dá para respirar melhor. Mas você pode sentir tonturas, principalmente antes de deitar , porque o bebê faz muita pressão contra as veias do seu corpo. É por pouco tempo. Daqui a alguns dias, finalmente, você conhecerá de perto esse companheiro de nove meses.
 

Estresse da mãe pode prejudicar o fetoTranqüilidade é o melhor remédio - Que gestantes muito ansiosas e estressadas geram bebês com peso abaixo do normal já se sabia. Agora, omecanismo que provoca essa situação acaba de ser déscoberto por pesquisadores do Queen Charlotte's and Chelsea Hospital, de Londres, e
publicado no British Medical Joumal. Eles mostraram que a excessiva ansiedade da mulher grávida aumenta a produção do hormônio noradrenalina. Essa substância, por sua vez, provoca o estreitamento das artérias e, conseqüentemente, o fluxo de sangue para o útero toma-se menor e o desenvolvimento do feto é prejudicado. Segundo Vivette Glover, que participou do estudo, agora os médicos. trabalham em outra pesquisa para verificar se os exercícios de relaxamento funcionam para ajudar as mães a ficar mais calmas.
 

HORMÔNIOS SEXUAIS FEMININOS

Aprenda a conhecer melhor o seu organismo e entenda as suas reações. Nas mulheres que se aproximam da menopausa, a falta de conhecimento sobre os hormônios sexuais femininos pode dificultar a escolha da terapia de reposição hormonal mais adequada. E justamente para ajudá-las, nesta edição formulamos um resumo sobre a importância e o modo de ação destes hormônios.
HORMÔNIOS SEXUAIS
Os hormônios são substâncias que carregam mensagens de um órgão para outro ou para os tecidos do organismo. Os hormônios sexuais atuam para permitir o funcionamento adequado do ciclo reprodutivo. Os principais hormônios sexuais femininos são o estrógeno e a progesterona, ambos produzidos principalmente pelos ovários, durante a fase reprodutiva da mulher. Além disso, o hormônio folículo-estimulante (FSH, sigla em inglês) é produzido pela hipófise, uma glândula localizada na base do cérebro. Este hormônio estimula as células granulosas do folículo ovariano, que por sua vez, produzem estrógeno. Quando os níveis de estrógeno atingem determinados valores, o hipotálamo (região do cérebro) inicia a secreção do hormônio luteinizante (LH, sigla em inglês). Quando ocorre o pico de LH, o ovário libera o óvulo. O folículo ovariano se transforma no corpo lúteo, responsável pela produção de progesterona. Os hormônios promovem o desenvolvimento da mucosa uterina, preparando o órgão para uma possível gestação. Quando não ocorre fecundação, a produção hormonal diminui. Quando os níveis de progesterona caem até determinado valor, ocorre a menstruação (descamação da mucosa uterina). Os níveis reduzidos de estrógeno e progesterona são responsáveis pela produção do FSH, reiniciando o ciclo menstrual. Com o passar dos anos, a quantidade de óvulos diminui. Por isso os níveis hormonais começam a variar: é o início da menopausa.
ESTRÓGENO - O estrógeno (estradiol) é o principal hormônio sexual feminino. Além de participar da ovulação, da concepção e da gestação, ele é responsável pela manutenção da integridade óssea e pela regulação dos níveis de colesterol. Após a menopausa, a produção de estrógeno nos ovários apresenta-se reduzida. Pequenas quantidades deste hormônio continuam sendo produzidas pelo tecido adiposo. A redução nos níveis de estrógeno pode causar osteoporose e problemas cardíacos. A reposição hormonal, portanto, diminui o risco destas doenças, além de aumentar os níveis de HDL (lipoproteínas de alta densidade, sigla em inglês) – o colesterol "bom" – e diminui os níveis de LDL (lipoproteínas de baixa densidade) – o colesterol "ruim".
PROGESTERONA - A progesterona atua conjuntamente com o estrógeno, preparando o organismo feminino para a concepção e para a gravidez. Além disso, participa da regulação do ciclo menstrual. Quando a menopausa se aproxima (peri-menopausa) e o ciclo se torna irregular, a progesterona desempenha um papel importante. Após a menopausa, o organismo da mulher produz apenas uma pequena fração da quantidade deste hormônio produzida durante a fase reprodutiva. O uso de progestágenos sintéticos (uma forma de progesterona) com estrógeno promove a descamação da mucosa uterina. Nas mulheres que utilizam estrógenos, esta associação diminui o risco do câncer de endométrio.
ANDRÓGENO - Embora muitos acreditem que o andrógeno seja um hormônio exclusivamente masculino, ele também é produzido pelos ovários, glândulas adrenais e outros tecidos. É um dos responsáveis pelo estirão de crescimento, observado na puberdade. Durante a menopausa, a produção de andrógeno pode diminuir pela metade – ou mais em pacientes que retiraram os ovários. Após este período, a associação de andrógeno à TRH pode melhorar os fogachos em mulheres que permanecem com esta queixa após o tratamento com estrógeno.
CONHECENDO O PRÓPRIO ORGANISMO - Conhecer o próprio organismo pode ajudar a mulher a escolher a melhor alternativa de tratamento para problemas hormonais. Entender os hormônios sexuais é importante, principalmente quando a menopausa se aproxima.

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