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"Sondagens
sobre o aborto de 1965 a 1998: Medição ou Influência sobre a opinião pública?"
O Professor Raymond J. Adamek (Departamento de Sociologia, Kent State
University) tenta arranjar resposta a esta pergunta através do seu trabalho .
A sua análise sobre as maiores sondagens de opinião relativas à questão do
aborto, durante aquele período, revela-nos que, pela forma como as questões
são feitas, o que de fato está a ser medido não é a opinião pública
acerca das atuais práticas e leis abortivas. O que, na realidade, está a ser
medido é a sua opinião perante leis e práticas abortivas imaginárias. Isto
deve-se ao fato de muitas questões não apresentarem de maneira correta os
fatos.
Umas dessas situações está exemplificada na maneira como essas questões
tratam do tema "direitos". O Professor Adamek explica que analisou
"todas as questões que, de 1965 a 1998, mencionavam explicitamente a
mulher e o bebê (por nascer) e a palavra "direito(s)". Uma questão
ilustrativa dos "direitos da mulher" é: "É a favor ou contra
a decisão do Supremo Tribunal permitindo o direito de a mulher abortar
durante os três primeiros meses da gravidez?" (Yankelovich Clancy
Shulman 4/5/89).
"Encontramos 66 itens que questionam os direitos da mulher em (escolher)
abortar, mas nenhuma perguntando exclusivamente sobre o direito do bebê em
nascer! Pendendo sobre um lado da questão dos direitos, as sondagens dão-nos
uma incompleta e superficial imagem da opinião pública".
Outra área problemática é o fato de 65% das questões que se referem a
decisões abortivas serem apresentadas como tendo envolvido o médico.
Contudo, na realidade, menos de 25% das mulheres envolvem o médico no
processo de tomar a decisão. Ora, como o Americanos aprovam a necessidade médica
como uma justificação para o aborto, mencionando o médico na questão do
aborto aumenta as respostas no sentido "pró-aborto".
Um bom conselho: não olhe apenas para os resultados das sondagens; olhe para
as suas questões.
Fonte: Priests for Life - December 13, 2001