Parto Normal 2


atualizado em 13/07/2005

| Seu corpo se prepara | O PARTO : Normal | C�coras | Cesariana |

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MUITO se tem falado nas vantagens do parto natural: do m�todo Leboyer, da posi��o de c�coras � moda dos �ndios, entre outras novas t�cnicas da obstetr�cia, com o objetivo de tornar o nascimento de um ser humano o menos traum�tico poss�vel. Sabe-se, hoje em dia, que nascer, antes de tudo, � uma experi�ncia de dor para a crian�a que se esfor�a, junto com a sua m�e, para chegar ao mundo novo que a espera. E sabe-se, ainda, que, de acordo com as circunst�ncias em que ocorre o parto, esta pode ser uma experi�ncia muito traum�tica para a crian�a. Mas a natureza nos prega algumas pe�as. Nem sempre aquela m�e que se preparou durante toda a gesta��o para o parto normal consegue chegar a ele por motivos que fogem ao seu controle e do seu m�dico. S�o in�meros os problemas que podem surgir na hora do nascimento e a� entram em cena as conquistas da medicina que, se n�o podem proporcionar uma situa��o ideal, v�o muitas vezes reparar que poderia ser um mal maior. E o caso da cesariana, do nascimento por instrumento - o f�rceps - e o parto induzido, recursos que o obstetra recorre quando existe risco de vida para a m�e ou para o beb�. N�o � dif�cil entender porque o parto normal � a condi��o ideal para o nascimento de um beb�. Como o pr�prio nome j� diz, � uma coisa natural, fisiol�gica. Se a gravidez transcorre normalmente e quando a mulher come�a a entrar em trabalho de parto seu �tero 'se contrai como � esperado e a dilata��o � boa, � claro que a chance de acontecer alguma coisa de errado tanto para a m�e como para o filho � m�nima. Em muito pouco tempo, m�e e filho estar�o juntos, usufruindo dos primeiros contatos. Quando se fala em parto normal, que � aquele em que n�o se observa nenhuma anormalidade, aponta-se uma raz�o fundamental para que se busque durante toda a gesta��o essa forma de dar � luz: � a import�ncia, j� comprovada por uma s�rie de estudos, do relacionamento entre m�e - e filho desde o primeiro momento. No parto espont�neo, a m�e ajuda seu filho a nascer, os dois se esfor�am juntos e ela o acalenta logo que ele consegue, ap�s manobras muito complexas, sair de dentro dela. � gratificante para ambos e mais ainda para o beb� que, provavelmente, n�o vai guardar nenhuma imagem traum�tica ou sensa��es desagrad�veis desse momento que poder� ficar marcado para toda a vida no seu subconsciente, Por isso � indispens�vel durante toda a gravidez uma assist�ncia m�dica correta, tendo como objetivo proteger a mulher e a crian�a. E muito importante corrigir desde o come�o qualquer anomalia que surja na gestante para evitar que a gravidez com problemas a conduza a um parto perigoso. Nesse contexto, o estado emocional dessa m�e tamb�m � levado em conta.Um parto considerado f�cil, que n�o traz maiores riscos de vida para o beb� ou a m�e, pressup�e algumas condi��es: que n�o seja demasiadamente demorado com mais de oito horas, que n�o leve a crian�a a um grande grau de anoxia - aus�ncia de oxig�nio - e que ele n�o seja comprimido pela estrutura fisiol�gica da mulher e nem traumatizado pela a��o in�bil do m�dico. A cada vez que ocorre uma das situa��es descritas acima, o obstetra � obrigado a recorrer aos instrumentos ou � cirurgia para garantir que no final tudo d� certo com um m�nimo de dano poss�vel. Cesariana s� quando necess�rio. A cesariana a pedido � conden�vel!, costuma afirmar a maioria dos m�dicos. Isso porque houve um momento em que a possibilidade de marcar a data do nascimento da crian�a, a perspectiva de n�o sentir dores ou a pura vaidade sexual - o medo do alargamento do canal vaginal - levou milhares de mulheres a optar pela cirurgia para ter o seu filho. Foi um modismo que chegou chegou a questionar a famosa �tica m�dica. A ces�ria, neste caso, n�o passa de um subproduto de uma mulher que n�o est� preparada para a maternidade, de uma pessoa imatura. n�o assumida. Hoje esta moda est� superada. Em seu lugar, as mulheres buscam cada vez mais a volta ao estado mais primitivo no ato de dar � luz. A cirurgia retoma ao seu lugar, ou seja, um recurso usado em situa��es de emerg�ncia. Isso porque n�o � um ato natural, � uma interven��o cir�rgica que apresenta todos os riscos de qualquer opera��o. Mesmo com toda a t�cnica, com as condi��es de seguran�a m�xima dos modernos m�todos de anestesia, podem ocorrer situa��es inesperadas, principalmente para o beb�. Por isso, a cesariana s� � indicada para casos em que haja riscos para a crian�a ou a m�e. Se o beb� est� mal colocado, transversalmente ou de n�degas; no caso de uma despropor��o entre o di�metro da sua cabe�a e a bacia da m�e; quando os tecidos n�o se dilatam; ou em casos de hemorragias graves. E um problema s�rio preocupa at� hoje os obstetras: o c�lculo exato da data para uma ces�ria previamente marcada, uma vez que um erro pode ocasionar o nascimento de um prematuro, de uma crian�a que vai precisar de um tratamento especial para sobreviver.

O parto

F�rceps, um m�todo pouco usado - Sem necessidade, a cesariana passa a ser uma agress�o f�sica. A crian�a � retirada quase que bruscamente do interior do �tero onde viveu os nove meses de gesta��o sem o ritual da passagem pelo canal vaginal. E afinal , como j� foi dito, trata-se de uma opera��o que requer destreza e pr�tica do m�dico. E bem verdade que, quando tudo corre bem, � um al�vio para todos, mas a cirurgia pode acarretar, ainda, o aparecimento de problemas respirat�rios no beb�, al�m de ader�ncia abdominal para a mulher. O uso do f�rceps j� est� praticamente abolido da obstetr�cia. Mas esse instrumento foi largamente usado durante muitos anos, quando representava a �nica sa�da para terminar um parto j� adiantado e interrompido subitamente, com riscos de sofrimento e vida. Esse instrumento � basicamente constitu�do por duas colheres, feitas para se ajustarem � cabe�a do beb�. Pelos perigos que podem causar, o aparelho foi simplificado pela linguagem popular que o chama, em vez de colher, de ferro. Mas o que vale n�o � o f�rceps e sim o homem que o est� manejando. Quando utilizado por m�os in�beis e quando n�o s�o observadas as condi��es de aplicabilidade, pode causar realmente uma s�rie de graves problemas tanto para a m�e quanto para o filho. A parturiente corre o risco de sofrer rupturas perigosas, vaginais e de bexiga, al�m de outros traumatismos p�lvicos. O beb� pode ser afetado por hemorragias cerebrais, afundamento da caixa craniana, les�es do couro cabeludo, contus�es, hematomas e at� mesmo problemas de origem nervosa. O recurso do f�rceps � utilizado quando o parto j� est� no final. O beb� j� est� quase nascendo, sua cabe�a j� entrou na chamada bacia pequena, mas o parto n�o progride. O f�rceps, portanto, s� entra em cena quando todos os outros recursos j� foram experimentados. Com a paciente anestesiada, as duas colheres do instrumento penetram no canal genital, ajustando-se inteiramente � cabe�a do nen�m prestes a nascer. Depois que a cabe�a � presa, o apare- lho manejado pelo m�dico imita o processo natural e a crian�a � suavemente retirada.

O parto

Outra op��o - o parto induzido - A indu��o � feita quando, em determinadas condi��es, o prolongamento da gravidez for perigoso para a m�e e para o beb�. E o caso, por exemplo, de uma incompatibilidade de Rh, em que a continuidade da gesta��o exp�e a crian�a aos anticorpos, � diabete , ao sofrimento da passagem mal-sucedida, ou quando acontece o rompimento prematuro da bolsa d'�gua. Nestes casos, a indu��o deve ser tentada, n�o sem antes proceder a uma avalia��o da maturidade do beb� e � verifica��o do colo do �tero que j� deve estar um pouco dilatado. A finalidade da indu��o � fazer o parto come�ar de uma forma artificial, provocando as contra��es uterinas, como num parto normal, dilatando o colo do �tero e expulsando ent�o o beb� espontaneamente, N�o � aconselh�vel � gestante persuadir o m�dico a induzir o nascimento s� porque est� cansada da gravidez ou quer uma data marcada para ter o seu beb�. Uma indu��o mal conduzida ou em situa��o indesej�vel pode acarretar muito sofrimento para a crian�a devido � demora e �s contra��es prolongadas.

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